Externato Paulo VI promoveu um Atelier sobre os tradicionais Lenços dos Namorados, conduzido pela empresa Mi-linha, sob a liderança de Camila Rio Silva. O evento proporcionou aos alunos do ATL de Verão, assim como aos adultos, uma viagem ao passado, revivendo uma tradição que remonta aos séculos XVII e XVIII, quando as mulheres bordavam estas peças como símbolo de amor e compromisso.
Uma Tradição Repleta de História e Emoção
Os Lenços dos Namorados, também conhecidos como Lenços dos Pedidos, têm uma origem enraizada na região do Minho. Estes lenços, inicialmente decorativos e feitos de linho ou algodão, eram bordados com pontos cruz em preto e vermelho. Com o passar do tempo, a técnica evoluiu, introduzindo novas cores e métodos mais rápidos de bordado.
No passado, as jovens em idade de casar bordavam os lenços com versos e desenhos para os seus amados, que muitas vezes partiam para a guerra ou outras terras. Entregar um lenço era uma forma de expressar sentimentos profundos, funcionando como uma carta de amor indestrutível. Se o rapaz usasse o lenço em público, significava que aceitava o amor da rapariga, iniciando o namoro. Caso contrário, devolvia-o, indicando desinteresse.
Preservar o Legado Cultural
O Atelier realizado pela Mi-linha no Externato Paulo VI destacou a importância de preservar esta rica herança cultural. Os alunos tiveram a oportunidade de aprender sobre as técnicas tradicionais de bordado e o significado histórico dos lenços. Camila Rio Silva, da
Mi-linha, enfatizou a relevância de manter viva esta tradição que celebra o amor e a criatividade.
Os Lenços dos Namorados são mais do que simples peças de artesanato; são um símbolo duradouro de compromisso e afeto. Esta iniciativa do Externato Paulo VI não só educa os jovens sobre a importância do património cultural, mas também inspira a valorização e a continuidade destas tradições.
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