Sabemos que a leitura é uma competência que se desenvolve, geralmente, nos primeiros anos de escolaridade e se assume como uma janela de oportunidades para a estimulação intelectual. Promove o raciocínio, auxilia na estruturação dos pensamentos, melhora o vocabulário e a escrita, mas também desenvolve a criatividade, a capacidade de comunicação, a imaginação e o espírito critico.
Mas como poderá uma prática tida em tão boa conta correr o risco de ficar em desuso?
A concorrência é renhida, pois, na verdade, as tecnologias têm ganho espaço (e com mérito próprio!) na vida das nossas crianças. Acredito, porém, que o equilíbrio possa ser a chave do sucesso e cabe-nos a nós, adultos, dar o exemplo e reunir esforços para que a motivação para a leitura permaneça depois dos primeiros anos de escolaridade.
A leitura não deve ser um hábito sazonal. Pode sim, ir de férias, mas seria ótimo que fosse connosco! Poderá até ser uma altura, em que livre das obrigações escolares, a criança/jovem está mais disponível para ler. Mas cuidado, não se pretende que seja um prolongamento das tarefas escolares, mas sim uma oportunidade dada para conhecer a leitura no seu carácter mais lúdico, como uma forma de diversão e um meio de acesso a diferentes aventuras e novos conhecimentos. É, no fundo, uma forma de a criança/jovem se deixar ir até onde a sua imaginação a levar.
Os livros são mágicos. Transportam-nos para diferentes sentimentos, experiências, locais, personagens. Os livros são, sem dúvida, uma boa companhia.
Porque não levá-los connosco nestas férias de Verão?
Psicóloga Escolar e da Educação
Daniela Ribeiro
OPP nº 14970
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