UM JARDIM DE ESPERANÇA QUE GANHOU RAÍZES NA EUCARISTIA DE NATAL

A comunidade educativa do Externato Paulo VI reuniu-se hoje, na Igreja de S. Lázaro, para a Eucaristia de Natal, que integrou a Festa da Vida dos catequizando do 8.º Ano e assinalou o final do 1.º Período letivo. A celebração, presidida pelo Cónego José Paulo Abreu, foi um momento profundamente simbólico, marcado pela oração, pela beleza dos gestos e pela participação ativa de alunos de todos os ciclos de ensino.

Inserida na caminhada de Advento da Arquidiocese de Braga, subordinada ao tema “Jardim da Esperança”, esta celebração convidou toda a assembleia a cuidar da esperança como quem cuida da vida: com tempo, atenção e amor. Uma esperança que não se impõe, mas se cultiva; que não faz ruído, mas cria raízes.

O Cortejo de Entrada foi particularmente expressivo. Desde o pré-escolar ao 3.º ciclo, os alunos avançaram em procissão levando consigo vasos com plantas, que foram colocados no altar, junto ao Jardim da Esperança. Este gesto tornou visível a caminhada comum de toda a comunidade educativa, onde cada etapa da vida contribui para um mesmo projeto de crescimento e de fé.

Na homilia, o Cónego José Paulo Abreu destacou o significado dos paramentos litúrgicos de cor rosa, usados pela Igreja no 3.º Domingo do Advento (Gaudete) e no 4.º Domingo da Quaresma (Laetare). Explicou que esta cor simboliza a alegria que antecede a grande festa — a vinda do Menino Jesus e a celebração da Páscoa - e recordou que, tal como a Igreja se reveste de rosa, também cada cristão é chamado a revestir-se de alegria para acolher a luz, a vida e a esperança que são Jesus Cristo.

A Liturgia da Palavra conduziu a assembleia à certeza de que Deus vem salvar-nos e de que até o deserto pode florir quando o coração se abre à confiança. Neste contexto, a Festa da Vida dos alunos do 8.º Ano assumiu um lugar central. Durante a Ação de Graças, os catequizando apresentaram os dons que desejam enraizar nas suas vidas: uma vida Bela, Boa, Digna, Livre, Alegre e Santa. Cada uma destas palavras foi simbolicamente colocada e enraizada nos vasos, como sinal de compromisso pessoal e de crescimento interior.

Foi um momento de grande intensidade espiritual, onde os alunos e ex-alunos falaram com verdade e esperança, assumindo que a vida ganha sentido quando é vivida alicerçada no amor, na alegria e na fé.

Esta Eucaristia foi, assim, mais do que uma celebração: foi um verdadeiro exercício de comunhão entre alunos, ex-alunos, famílias, educadores e Igreja, reafirmando

a missão do Externato Paulo VI de formar integralmente, cuidando da dimensão académica, humana e espiritual.

Às portas do Natal, ficou a certeza serena de que a esperança, quando é cuidada, floresce. E quando é partilhada, transforma-se em caminho.