APADRINHAMENTO: ALUNOS DO 3.º ANO ACOLHEM OS MAIS NOVOS
- 17 de set.
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No Externato Paulo VI, a entrada no 1.º ciclo ganhou um significado especial. Num gesto simbólico e cheio de afetos, os alunos do 3.º ano apadrinharam os novos colegas do 1.º ano, criando uma ponte entre alunos de anos escolares diferentes que promete crescer ao longo do ano letivo.
O encontro, simples mas carregado de emoção, juntou cada turma do 3.º ano à sua correspondente do 1.º ano. Houve apresentações pessoais, partilha de uma canção e até a oferta de um rebuçado como sinal de carinho. Entre sorrisos tímidos e abraços espontâneos, o ambiente tornou-se rapidamente cúmplice.
Este tipo de prática, conhecida como apadrinhamento escolar ou buddy system, é mais do que um momento bonito. Estudos internacionais mostram que a presença de um colega mais velho reduz a ansiedade da transição escolar e ajuda os mais novos a sentirem-se seguros e confiantes no novo ciclo (Education Northwest, 2021).
“Ter um padrinho na escola é como ter alguém que já conhece os caminhos e nos dá a mão”,
comenta a Coordenadora do 1.º ciclo, professora Adriana Barroso, sublinhando o impacto imediato desta iniciativa.
Mas não são apenas os mais novos que ganham. Os alunos do 3.º ano, ao assumirem o papel de padrinhos, desenvolvem competências essenciais como a responsabilidade, a empatia e a autoestima. Uma revisão da Evidence Based Mentoring (2020) confirma que programas de apadrinhamento fortalecem o sentido de liderança e promovem relações sociais mais saudáveis. No Colégio, isso foi visível desde o primeiro momento: muitos padrinhos mostraram orgulho ao estarem junto dos seus afilhados e em assumir este novo papel.
Para a comunidade educativa, estas dinâmicas têm também uma importância acrescida. Meta-análises recentes sobre programas de mentoria entre pares revelam que, quando realizados de forma regular, contribuem para melhorar o clima escolar, reduzir o isolamento social e até favorecer o desempenho académico (Cohen et al., Cross-Age Tutoring in Elementary School Settings, 2018).
A Diretora Pedagógica, professora Paula Correia, destaca que este gesto inaugural será apenas o começo:
“Queremos que padrinhos e afilhados se encontrem ao longo do ano, partilhem aprendizagens, jogos e pequenas tarefas. É assim que se constroem laços duradouros e uma verdadeira cultura de cuidado e comunidade.”














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